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A cada dia que passa a crise económica mundial aumenta de dimensão. Se no passado os países africanos não se sentiram afectados directamente, o quadro mudou de figura em 2015. 
Assim como em Angola, na Zâmbia, a inflação tem estado a mexer com a economia do país da pior maneira. Desde o início deste ano que o kuatcha - moeda local do país - depreciou até 45% face ao dólar norte-americano; houve ainda uma queda brusca no preço do cobre, que é uma das principais fontes da receita deste Estado, visto que representa 70% das exportações.

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Numa tentativa de procurar uma resposta para a crise económica em que o país se encontra, o presidente zambiano pediu "ajuda Divida", e em colaboração com várias igrejas locais, sendo que sábado passado, na cidade de Lusaka, foi um dia de oração e jejum nacional. Perante uma multidão de mais de 5000 pessoas, Edgar Lungo, presidente da Zâmbia, afirmou que: «o nosso Deus [já] ouviu as nossas preces. Ele [já] perdoou os nossos pecados e temos a certeza de que vai curar o nosso país que enfrenta graves problemas socioeconómicos». Continuou: «vocês sabem que Deus é amor e apelo a cada um de vós que faça o seu melhor e que deixe o resto nas mãos de Deus».

Apesar da Zâmbia ser um pais onde 85% da população é cristã, nem todo mundo está satisfeito com o apelo divino do presidente.


O chefe tribal Ntamdu, da província do norte-ocidental chamou os governantes de "idiotas", e ainda acrescentou: «rezar e jejuar para quê? Para que um milagre económico aconteça? Por acaso foi Deus que causou este sofrimento todo às pessoas, para que agora apontes "fizeste isso e aquilo e queremos que revertas a situação?"».

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